"Golpe do Tinder" já é a principal arma de sequestros em São Paulo; saiba como os criminosos agem
As vítimas são encontradas nos aplicativos de relacionamento, atraídas por fotos de mulheres jovens retiradas de sites da internet. A partir daí, um encontro é marcado e a ação criminosa acontece
O chamado "Golpe do Tinder", segundo o Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo, já corresponde a 60% de todos os sequestros praticados na capital paulista em 2022.
Dos 75 casos instaurados até aqui, 45 são referentes à extorsão com restrição de liberdade, conhecido "sequestros relâmpagos", cometidos com a ajuda de aplicativos de namoro. Os outros 30 estão relacionados à extorsão após um sequestro, quando a vítima é deixada em cativeiro com liberdade condicionada a pagamento de resgate. As informações são do O Globo.
Os criminosos já seguem um padrão bem definido, de acordo com a delegada Carina Santanieli, da Divisão Antissequestro. Funciona assim: as vítimas são encontradas nos aplicativos de relacionamento, atraídas por fotos de mulheres jovens retiradas de sites da internet. A partir daí, um encontro é marcado e a ação criminosa acontece.
Entre os 30 aplicativos normalmente usados pelos criminosos, os mais comuns são o Tinder e o Inner Circle. Geralmente, as vítimas são homens, que moram em bairros de classe média alta em São Paulo, e são recém-separados, viúvos ou até casados. Para a delegada, a preferência por homens, ao invés de mulheres, pode estar relacionado com o "código de ética" dos sequestradores.
Só neste ano, segundo a Polícia Civil, 86 criminosos foram presos em na capital de São Paulo por praticarem o golpe do Tinder. Mesmo que os casos sejam mais raros, há registros de mulheres envolvidas no esquema. De acordo com informações da polícia, elas atuam no aliciamento, gravam áudios para dar mais veracidade às conversas por aplicativo e convencem os homens a irem aos encontros.
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