Banco move ação contra Jair Renan Bolsonaro por dívida de R$ 360 mil
Jair Renan de descumprir um acordo estabelecido em junho, no qual o quarto filho de Bolsonaro reconheceu uma dívida proveniente de um empréstimo contraído anos atrás
Reprodução/Youtube/Leo DiasO Banco Santander ingressou com ação judicial para recuperar R$ 360 mil de Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT), e de sua empresa, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia. A informação foi veiculada nesta quinta-feira (14/12) pelo jornal O Globo.
De acordo com a publicação, o Santander acusa Jair Renan de descumprir um acordo estabelecido em junho, no qual o quarto filho de Bolsonaro reconheceu uma dívida proveniente de um empréstimo contraído anos atrás.
Conforme o acordo, Jair Renan deveria realizar o parcelamento de uma dívida de R$ 291 mil, com compromisso de quitação em 60 meses, até 2028. No entanto, até o momento, nenhum pagamento foi efetuado pelo filho de Bolsonaro. Como resultado, o montante devido aumentou para R$ 360 mil.
O Banco Santander solicitou à Justiça do Distrito Federal a citação de Jair Renan e a liquidação do débito em um prazo máximo de três dias. Em caso de inércia, há um pedido para o bloqueio das contas do filho do ex-presidente. Até a última atualização desta reportagem, Jair Renan não havia se pronunciado sobre o assunto.
Cabe ressaltar que Jair Renan Bolsonaro é alvo de investigação pela Polícia Civil do Distrito Federal. Em setembro, foi deflagrada uma operação contra ele e o instrutor de tiro Maciel Carvalho, acusados de utilizar documento com informações falsas da Bolsonaro Jr Eventos e Mídia para obter um empréstimo bancário não quitado.
As suspeitas recaem sobre uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da empresa entre julho de 2021 e julho de 2022, na época em nome do filho do ex-presidente. O documento, com suposta assinatura de Jair Renan, foi apreendido na casa do ex-assessor do filho de Bolsonaro durante a operação da Polícia Civil. A assinatura de Jair Renan passou por perícia para verificar sua autenticidade.
Fundada em 2020, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia tinha como atividade principal a prestação de "serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas". Em março de 2023, Jair Renan transferiu a empresa para Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, empresário do ramo de tiro esportivo. No mesmo mês, o filho de Bolsonaro foi nomeado como assessor parlamentar do senador Jorge Seif (PL-SC), secretário de Pesca do governo de Jair Bolsonaro.
Jair Renan, atualmente lotado em Balneário Camboriú (SC), para onde se mudou após a derrota do pai na corrida à reeleição, tem a intenção de concorrer a uma cadeira na câmara da cidade catarinense nas eleições municipais de 2024. A polícia brasiliense suspeita que a transferência da empresa tenha ocorrido nesse formato para evitar o pagamento de impostos, uma vez que doações não são tributadas, ao contrário de transações de compra e venda. O advogado de Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, Pedrinho Villard, afirmou que seu cliente "desconhecia o empréstimo, pois a transferência da empresa não foi algo planejado, mas sim repentino, para que Jair Renan assumisse o cargo de assessor em Balneário Camboriú".
LEIA MAIS: Fabíola Mansur detalha funcionalidade da Procuradoria da Mulher: ‘Ferramenta de apoio’
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Conforme o acordo, Jair Renan deveria realizar o parcelamento de uma dívida de R$ 291 mil, com compromisso de quitação em 60 meses, até 2028. No entanto, até o momento, nenhum pagamento foi efetuado pelo filho de Bolsonaro. Como resultado, o montante devido aumentou para R$ 360 mil.
O Banco Santander solicitou à Justiça do Distrito Federal a citação de Jair Renan e a liquidação do débito em um prazo máximo de três dias. Em caso de inércia, há um pedido para o bloqueio das contas do filho do ex-presidente. Até a última atualização desta reportagem, Jair Renan não havia se pronunciado sobre o assunto.
Cabe ressaltar que Jair Renan Bolsonaro é alvo de investigação pela Polícia Civil do Distrito Federal. Em setembro, foi deflagrada uma operação contra ele e o instrutor de tiro Maciel Carvalho, acusados de utilizar documento com informações falsas da Bolsonaro Jr Eventos e Mídia para obter um empréstimo bancário não quitado.
As suspeitas recaem sobre uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da empresa entre julho de 2021 e julho de 2022, na época em nome do filho do ex-presidente. O documento, com suposta assinatura de Jair Renan, foi apreendido na casa do ex-assessor do filho de Bolsonaro durante a operação da Polícia Civil. A assinatura de Jair Renan passou por perícia para verificar sua autenticidade.
Fundada em 2020, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia tinha como atividade principal a prestação de "serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas". Em março de 2023, Jair Renan transferiu a empresa para Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, empresário do ramo de tiro esportivo. No mesmo mês, o filho de Bolsonaro foi nomeado como assessor parlamentar do senador Jorge Seif (PL-SC), secretário de Pesca do governo de Jair Bolsonaro.
Jair Renan, atualmente lotado em Balneário Camboriú (SC), para onde se mudou após a derrota do pai na corrida à reeleição, tem a intenção de concorrer a uma cadeira na câmara da cidade catarinense nas eleições municipais de 2024. A polícia brasiliense suspeita que a transferência da empresa tenha ocorrido nesse formato para evitar o pagamento de impostos, uma vez que doações não são tributadas, ao contrário de transações de compra e venda. O advogado de Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, Pedrinho Villard, afirmou que seu cliente "desconhecia o empréstimo, pois a transferência da empresa não foi algo planejado, mas sim repentino, para que Jair Renan assumisse o cargo de assessor em Balneário Camboriú".
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