Política

"Capitã cloroquina" pede ao STF revisão de decisão do habeas corpus para ficar em silêncio na CPI

Depoimento da secretária do Ministério da Saúde na CPI da Pandemia acontece na próxima terça-feira (25)

Por Da Redação

"Capitã cloroquina" pede ao STF revisão de decisão do habeas corpus para ficar em silêncio na CPIAnderson Riedel / PR

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, apresentou nesta sexta-feira (21/5) um pedido para que o ministro  do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski reconsidere a solicitação de habeas corpus para que ela pudesse permanecer em silêncio da CPI da Pandemia. O depoimento dela está previsto para a próxima terça-feira (25).


Ao analisar o primeiro pedido, o ministro entendeu que não havia elementos que justificassem a concessão do habeas corpus preventivo. Isso porque o salvo-conduto tem como objetivo evitar que o depoente produza provas contra si mesmo em casos de investigação. Segundo Lewandowski, a secretária, contudo, não é alvo de inquérito relacionado aos fatos apurados na CPI.


No novo pedido, Mayra afirma que há sim uma investigação contra ela que esbarra nos limites do trabalho da comissão parlamentar. Ela alega ser alvo do mesmo inquérito que envolve o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na esteira da crise provocada pelo desabastecimento de oxigênio hospitalar em Manaus.


O advogado de Mayra, Djalma Bezerra, informou à CNN que na nova solicitação, foi incluído um anexo de uma entrevista do relator Renan Calheiros no qual o senador chama a secretária de “Capitã Cloroquina”. Segundo ele, trata-se de uma ofensa e o habeas corpus é necessário para garantir que a médica não seja agredida durante o depoimento à comissão.


Mayra passou a ser conhecida como “capitã cloroquina” por defender o chamado “tratamento precoce” contra Covid-19, com uso de medicamentos sem eficácia, como ivermectina e hidroxicloroquina.


O depoimento de Mayra, que inicialmente estava pautado para esta quinta-feira (20), precisou ser remarcado após a sessão que ouvia o ex-ministro Eduardo Pazuello ser suspensa.



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