Condenado por injúria racial, diretor da Sudesb é exonerado após pressão de movimentos negros
Militante do PCdoB, Piau havia sido nomeado para o cargo na Sudesb em 20 de março, mesmo após ter sido condenado por injúria racial em 2021
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Emilson Piau foi exonerado do cargo de diretoria da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) nesta sexta-feira (14/4). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado e assinada pelo diretor-geral Vicente Neto.
Militante do PCdoB, Piau havia sido nomeado para o cargo na Sudesb em 20 de março, mesmo após ter sido condenado por injúria racial em 2021, segundo o portal Bahia Notícias. A nomeação causou revolta em diversas organizações e associações ligadas ao movimento negro, que enviaram uma carta aberta ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), pedindo a suspensão da nomeação.
A carta, também foi endereçada ao secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas; à secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães; ao presidente da Assembleia Legislativa (AL-BA), deputado Adolfo Menezes (PSD) e à procuradora-geral do Estado, Norma Cavalcanti.
No documento, as entidades destacam que o episódio que levou à condenação de Emilson Piau foi registrado em uma repartição pública estadual, em 2015, contra servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
No dia 20 de março, o Bahia Notícias publicou que Piau havia sido alocado em uma diretoria esportiva da Sudesb, gerando repercussão em meio à divulgação da condenação por injúria racial em 2021. Segundo a matéria, Emilson Piau teria dito para servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) que a Coordenação de Interação Social não deveria ser ocupada por pessoas negras, mas sim por brancos.
Piau é militante do PCdoB desde o movimento estudantil nos anos 1970, administrador de formação e atua como professor assistente na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) desde 1996. Anteriormente, ele assumiu secretarias municipais nas gestões petistas em Vitória da Conquista entre 1998 e 2006.
Após a divulgação da condenação, o presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, se manifestou, ressaltando que o militante do partido "não tem histórico de posição racista". "Como presidente do partido, conheço ele de militância de mais de 30 anos, marcado pelo comprometimento pela luta contra a discriminação. É um militante antigo e destacado. Quanto à gestão, não tínhamos informação sobre esse episódio. Não vou entrar no mérito do episódio, tem muitas versões, mas tem uma decisão judicial. Ele pagou por esse episódio. Podemos cometer um erro, pagar pelo erro. Errou e é excluído de qualquer processo de luta?", questionou Davidson, ao BN.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
Militante do PCdoB, Piau havia sido nomeado para o cargo na Sudesb em 20 de março, mesmo após ter sido condenado por injúria racial em 2021, segundo o portal Bahia Notícias. A nomeação causou revolta em diversas organizações e associações ligadas ao movimento negro, que enviaram uma carta aberta ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), pedindo a suspensão da nomeação.
A carta, também foi endereçada ao secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas; à secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães; ao presidente da Assembleia Legislativa (AL-BA), deputado Adolfo Menezes (PSD) e à procuradora-geral do Estado, Norma Cavalcanti.
No documento, as entidades destacam que o episódio que levou à condenação de Emilson Piau foi registrado em uma repartição pública estadual, em 2015, contra servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
No dia 20 de março, o Bahia Notícias publicou que Piau havia sido alocado em uma diretoria esportiva da Sudesb, gerando repercussão em meio à divulgação da condenação por injúria racial em 2021. Segundo a matéria, Emilson Piau teria dito para servidores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) que a Coordenação de Interação Social não deveria ser ocupada por pessoas negras, mas sim por brancos.
Piau é militante do PCdoB desde o movimento estudantil nos anos 1970, administrador de formação e atua como professor assistente na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) desde 1996. Anteriormente, ele assumiu secretarias municipais nas gestões petistas em Vitória da Conquista entre 1998 e 2006.
Após a divulgação da condenação, o presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, se manifestou, ressaltando que o militante do partido "não tem histórico de posição racista". "Como presidente do partido, conheço ele de militância de mais de 30 anos, marcado pelo comprometimento pela luta contra a discriminação. É um militante antigo e destacado. Quanto à gestão, não tínhamos informação sobre esse episódio. Não vou entrar no mérito do episódio, tem muitas versões, mas tem uma decisão judicial. Ele pagou por esse episódio. Podemos cometer um erro, pagar pelo erro. Errou e é excluído de qualquer processo de luta?", questionou Davidson, ao BN.
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