Saúde

Menstruação para quê? Fisioterapeuta defende ciclo menstrual e mostra sua serventia; saiba mais

Não é raro uma mulher expressar que sua menstruação é difícil, dolorosa ou incômoda.

Por Da Redação

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Cólica, irritabilidade, ansiedade, fome em excesso ou falta de apetite, cefaleia, dores osteomusculares são algumas das queixas mais comuns em mulheres no período menstrual. Somam-se aos inconvenientes sintomas que podem acompanhar a menstruação, mitos envolvendo o ciclo reprodutivo da mulher. “Menstruar é ultrapassado”, “Faz parte ter ciclos menstruais dolorosos e pesados”, “É normal se sentir péssima nesse período”, “Tadinha! Ela está de TPM”, “Mulher nasceu para sofrer”. São apenas algumas das crenças limitantes que as mulheres crescem ouvindo. Algumas acreditando. 


“As mulheres precisam aprender que o que acontece fisiologicamente todos os meses no corpo delas não é para gerar sofrimento. Tudo que está nela tem alguma utilidade. Menstruar tem serventia”, alerta a fisioterapeuta Heide Silva. Foi por sofrer na pele, na fase da adolescência, fortes sintomas associados ao período menstrual que Heide buscou respostas. A graduação em Fisioterapia não foi suficiente para calar os questionamentos sobre as dores e processos patológicos que acompanhava em seu próprio corpo e nos pacientes que tratava. Quase desistia da sonhada profissão quando resolveu se especializar em Ospeopatia. 


“Estava em um sentimento de frustração total, vendo pacientes se tratando há anos e se queixando das mesmas coisas. A Osteopatia busca a origem das dores, das desordens e trabalha com uma visão mais integrativa. Eu me reencontrei na minha profissão”, fala a baiana que se encantou pela terapia criada pelo americano Andrew Taylor Still, baseada na teoria de que o corpo é capaz de criar seus próprios recursos para manter-se em equilíbrio. 


Além de muitos outros benefícios, a osteopatia promove melhora significativa na qualidade de vida das mulheres em diferentes áreas, inclusive nos sintomas ligados ao ciclo menstrual e aos órgãos reprodutores. Não é raro uma mulher expressar que sua menstruação é difícil, dolorosa ou incômoda. “Algumas mulheres têm cólicas e outras não, da mesma forma que pessoas com sobrepeso podem sentir dores e outras não. Cada corpo é um corpo. E a gente não deve normalizar sintomas. Afinal, se existe uma queixa há uma causa, razão pela qual o corpo está se expressando através de sintomas”, explica a fisioterapeuta. 


Na visão da fisioterapeuta, interromper o fluxo menstrual não é o caminho mais saudável. “Desligar a menstruação é simplesmente desligar a nossa produção de hormônios e entrar em menopausa química que, mesmo de forma reversível, nos traz sintomas e alterações metabólicas características de uma mulher que não tem mais ovários funcionastes”, destaca lembrando que todos os sintomas do período menstrual respondem positivamente ou negativamente ao estilo de vida que a mulher sustenta. 


O processo ginecológico não ocorre somente no útero e ovários, mas também em outros sistemas do corpo, seja no crânio, vísceras, vascular, postural, musculoesquelético, associados às crenças e informações ao longo da vida, referências da geração passada, hábitos de vida, alimentação...  “Nosso útero é o centro de criação: poder único que só pertence a nós mulheres. Quem acredita que menstruar é ultrapassado e que mulher sofre por ter útero, deixa de descobrir a causa dessa queixa e assim ter condição de resolvê-la”, defende.  


O primeiro passo é se conectar com o seu ciclo menstrual compreendendo e monitorando-o. “É através dele e da menstruarão que são fornecidas ótimas informações sobre a saúde da mulher”, sinaliza. Aprendendo a analisar os sinais que o corpo dá, mesmo em meio às mudanças e irregularidades, o ciclo menstrual deve ser visto como um sinal vital para as mulheres, da mesma forma que a pressão arterial, temperatura, respiração e pulso. 


Além de compartilhar conhecimentos no instagram, Heide acaba de criar um programa de mentoria para o público feminino. O grupo GiraSister reúne sete jovens que querem aprender a olhar e valorizar seu ciclo reprodutivo. Novas turmas serão abertas.  “Menstruamos por que precisamos ovular para produzir hormônios e precisamos produzir hormônios para ter saúde. É ovulando que a mulher consegue produzir hormônios naturalmente e assim manter o equilíbrio hormonal e metabólico. Ou seja, manter a saúde”, conclui.  


OSTEOPATIA


O tratamento osteopático enfatiza a integridade estrutural e funcional do corpo, bem como a tendência intrínseca de autocura do organismo. A principal diferença entre um fisioterapeuta clássico e outro com a visão osteopática é a maneira de entender a doença para tratá-la. Quando o profissional combina raciocínio e técnicas osteopáticas e todo o conhecimento adquirido na faculdade, consegue melhores resultados clínicos. No Brasil, a formação é permitida apenas para fisioterapeutas formados. 


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