Terreiro Casa Branca recebe título de propriedade e passará por reforma com criação de memorial
O título foi entregue a ialorixá Mãe Neuza de Xangô, nesta quinta-feira (5)
Além da regularização fundiária, outra novidade é que o Terreiro Casa Branca passará por uma ampla reforma. O projeto, que está sendo elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), inclui a criação de um memorial no local.
O equipamento cultural ficará no terreno onde havia um imóvel construído irregularmente ao lado terreiro e que recentemente foi desapropriado pelo município. Atualmente, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) realiza a demolição do prédio, que possuía cinco pavimentos. O serviço ocorre de forma minuciosa em virtude das residências próximas, além do próprio terreiro. O prazo é que toda a demolição seja concluída entre final deste mês e início de outubro.
Foto: Secom PMS
TERREIRO DA CASA BRANCA
Mais antigo templo de matriz africana do Brasil, o Terreiro da Casa Branca – em iorubá, Ilê Axé Iyá Nassô Oká – foi fundado por três mulheres africanas da nação nagô em um terreno atrás da Igreja da Barroquinha, por volta de 1830.
O nome Ilê Axé Iyá Nassô Oká foi dado em homenagem a uma dessas mulheres, a iorubá Iyá Nassó (Mãe Nassô), considerada a principal fundadora. A mudança para o Engenho Velho, onde a sede está situada hoje, aconteceu quando as manifestações religiosas que divergiam do catolicismo começaram a ser perseguidas.
Em 1984, o Iphan decidiu pelo tombamento, que foi homologado em 1986, tornando a Casa Branca o primeiro terreiro tombado como Patrimônio Histórico do Brasil.
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