Banda com Manno Goes, Lutte, baixista do Skank e herdeiro do Clube da Esquina estreia em Salvador
Manno Góes, Lutte, Lelo Zaneti e Rodrigo Borges celebram o Carnaval e os laços culturais que une Bahia e Minas Gerais
Misturando Bahia e Minas Gerais, a banda Trilho Elétrico estreia em Salvador com um show na próxima quarta-feira, dia 1º de fevereiro, a partir das 21h, na Casa Rosa, no Rio Vermelho.
O grupo é formando pelos baianos Manno Góes (compositor e fundador do Jammil e Uma Noites) e Lutte (ex-vocalista da banda Mosiah), e pelos mineiros Lelo Zaneti (baixista do Skank) e Rodrigo Borges (herdeiro e atual representante do Clube da Esquina). Além de canções autorais, eles apresentarão inéditas e homenagearão artistas baianos e mineiros.
Os ingressos do primeiro lote custam R$ 60 (inteira) e R$30 (meia), e estão à venda no Sympla.
TRILHO ELÉTRICO
O encontro inédito com o show de estreia em fevereiro tem razão de ser: o Carnaval passa pela formação do grupo. A aproximação de Manno e Rodrigo Borges começou quando o mineiro convidou o baiano para conhecer o bloco que lidera, “Divina Banda”, que circula no carnaval de rua de Belo Horizonte. Convite aceito, no Carnaval de 2020 Manno partiu para BH e ficou fascinado com o desfile e com as versões do Clube da Esquina em marchinha e samba-reggae.
Pouco tempo depois, foi a vez de Borges, neto de baiano, fazer a ponte-aérea inversa e chegar a Salvador. Na cidade nasceu a música que dá nome à banda, “Trilho Elétrico”, presente nas plataformas digitais com a participação de Armandinho Macêdo. Durante a pandemia, os dois seguiram pensando na ideia e decidiram oficializar o projeto que traz as referências musicais dos dois estados e convidar, cada um, mais um amigo para formar o quarteto.
Rodrigo trouxe Lelo, aproximados também pelo olhar sobre o Carnaval de rua da capital mineira. “Eu via os ensaios da Divina Banda e conversava com o Rodrigo sobre como as coisas do Clube da Esquina funcionavam bem nos ritmos de Carnaval”, conta o baixista do Skank.
Já Manno pensou em Lutte porque já acompanhava e admirava o trabalho do artista independente em projetos como o da banda Mosiah: “Lutte é da cena alternativa de Salvador e achava que iria encaixar bem com esse projeto. Somos nós quatro cantando e há uma química que validou a escolha”, conta.
Segunda faixa lançada pelo grupo, “Repaginou” traz a participação de Luiz Caldas. "Temos mais duas faixas prontas que serão lançadas nas próximas semanas. Uma delas tem a participação de Mart'nalia”, antecipa Lutte. Daniela Mercury é mais um nome confirmado entre as parcerias do grupo, em um frevo assinado por Manno Góes.
"Estamos muito felizes com esse projeto unindo a pegada rítmica da Bahia com a coisa das harmonias mineiras”, diz Rodrigo Borges. As composições são feitas em parceria ou um enviando ideias para o outro: "Já temos muita música produzida, que rende mais do que um disco. Estamos imersos no processo de escolher quais músicas entrarão no álbum”, completa.
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