Fazendeiros americanos são liberados para plantar em áreas protegidas pelo governo; medida evitaria "fome global"
No Brasil, seria o equivalente ao Ibama liberar a plantação nos locais reservados a preservação.
O governo dos Estados Unidos irá permitir que alguns agricultores cultivem em terras que antes eram de proteção ambiental. Segundo a agência Reuters, o Departamento de Agricultura (USDA) disse, na quinta-feira (27/5), que se trata de um esforço para acabar com a fome no mundo. No Brasil, seria o equivalente ao Ibama liberar a plantação nos locais reservados a preservação.
A oferta é válida para os agricultores que possuem, dentro do seu terreno, alguma área tomada para conversão, ou seja, onde a mata original era preservada. Quem está nessa posição participa do Programa de Reservas de Conservação (CRP), um auxílio do governo que paga por esses hectares preservados em contratos que podem durar de 10 a 15 anos;
Caso o fazendeiro já no último ano do programa, o USDA irá aprovar os pedidos para encerrar voluntariamente o contrato antes do prazo, permitindo que o dono da terra faça o que quiser com ela. Se aprovado, o agricultor poderá começar a preparar a terra para o plantio após um pequeno período de descanso, fazendo uma fenação (processo para obtenção de feno), abrindo pastagem e plantando uma safra de sementes antes de 1º de outubro deste ano.
“Para terras em climas mais frios, essas recomendações podem permitir que a safra de trigo se estabeleça melhor no inverno [de dezembro a março], ou tenha flexibilidade se preparar melhor para o plantio de primavera [março a maio]”, disse o USDA.
FOME
Diversos Grupos de ajuda humanitária têm alertado que a fome aumentará em todo o planeta neste ano, já que a guerra na Ucrânia e a seca alimentada pelas mudanças climáticas elevaram os preços globais de grãos, óleos de cozinha, combustível e fertilizantes.
O movimento começou quando os legisladores federais pediram ao presidente Joe Biden que permita que os agricultores plantem nos hectares de conservação em resposta a guerra. Com isso, grupos agrícolas pediram ao secretário de Agricultura, Tom Vilsack, que permitisse que o plantio nos mais de 4 milhões de acres (1,6 milhão de hectares) de "terras agrícolas nobres" atualmente inscritas no CRP.
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