'Tenho culpa, sim': na CPI, reverendo apontado como intermediador de vacina superfaturada chora e se diz arrependido

O reverendo Amilton Gomes de Paula afirmou, nesta terça-feira (3/8), que cometeu um erro ao negociar vacinas e pediu perdão ao país. Ele foi convocado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Covid após ser envolvido em supostas irregularidades envolvendo as negociações entre o Ministério da Saúde e a Davati Medical Supply para aquisição bilionária de doses de vacinas contra a Covid-19.

Amilton de Paula, que fundou a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos, teria sido autorizado pelo Ministério da Saúde a negociar vacinas da AstraZeneca em nome do governo brasileiro.

O reverendo também é apontado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti como intermediador de uma oferta supostamente superfaturada de 400 milhões de doses de vacinas de Oxford/AstraZeneca ao Ministério da Saúde. 

Pressionado pela cúpula da comissão, ele acabou desabafando logo após ser duramente questionado pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO). "O maior erro que eu fiz foi abrir a porta da minha casa em Brasília. Eu abri a porta da minha casa num momento em que eu estava enfrentando a perda de um ente querido da minha família. E eu queria vacina para o Brasil", afirmou. "Eu tenho culpa, sim. Eu peço desculpa ao Brasil."

Sem explicar exatamente qual foi seu erro, Gomes de Paula afirmou que o que fez "não agradou, primeiramente, aos olhos de Deus".

O presidente da CPI e senador Omar Aziz (PSD-AM) chegou a perguntar ao reverendo: "Chorou e se arrependeu do quê?". Segundo Amilton, ele se arrepende de "ter estado nessa operação das vacinas". 

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Depoente da #CPIdaCovid chora e se diz arrependido.



Reverendo Amilton de Paula afirmou que os atos que cometeu “não agradaram primeiramente aos olhos de Deus”.



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— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) August 3, 2021

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